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Desafios e perspectivas para o ITA no Ceará

Pró-reitor de graduação dá detalhes sobre o ITA no Ceará e diz que a instituição tem uma dívida de gratidão para com os cearenses


Diretoria do Sinepe-CE
Painel realizado no Edu Summit com participação de Marcelo Pena (Farias Brito), José Rocha (Christus), Nazareno Oliveira (Master), Sandra Monteiro (Secitece), Celso Hirata (ITA) e Felipe Bomfim (AEITA-CE)


Na mesma semana em que o Governo do Ceará e o Ministério da Educação anunciaram que assinariam a ordem de serviço para o início das obras de implantação do campus do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) em Fortaleza, o pró-reitor de graduação da instituição, Celso Massaki Hirata, participou do congresso Edu Summit, também na capital cearense, ocasião em que apresentou a estrutura e os cursos que serão oferecidos na nova unidade. O ITA terá no Ceará os cursos de “Engenharia de Energias Renováveis”, “Engenharia de Sistemas” e “Bioengenharia”, com previsão para receber as primeiras turmas em 2027. Os 180 alunos aprovados no vestibular deste ano de 2024 na instituição, com sede em São José dos Campos (SP), poderão optar por seguir os estudos em Fortaleza ao final do segundo ano. 


O professor Hirata usou uma analogia da astronomia ao dizer que considera um “alinhamento de planetas” os fatos e acertos políticos que corroboraram a vinda da instituição ao Ceará. O estado é o que mais aprova alunos nos exames de seleção do ITA e também é terra natal do fundador da instituição, o brigadeiro Casimiro Montenegro Filho. “Temos uma dívida de gratidão com vocês”, afirmou Celso Hirata, no palco principal do Edu Summit, no Centro de Eventos do Ceará, onde aconteceu o painel sobre a relevância do campus do ITA no Ceará e seus desafios e perspectivas para o ensino, a pesquisa e a inovação.


Também presente no painel, realizado em 12 de setembro, a secretária de Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Estado do Ceará, Sandra Monteiro, afirmou que a vinda do ITA ao estado traz uma nova perspectiva para os alunos e profissionais, podendo evitar a perda de talentos, ao possibilitar que os cearenses não precisem migrar para outra região para estudar e seguir a carreira na área de tecnologia. Nesse mesmo sentido também pondera o professor José Rocha, reitor da Unichristus e diretor do Colégio Christus, que defende um trabalho conjunto de academia e governo para atrair indústrias para o estado. “É da natureza do cearense não se ‘aquietar’. Se não tivermos indústrias, eles vão continuar saindo”, argumentou. 


O professor Nazareno de Oliveira, diretor do Colégio Master, exaltou o trabalho pioneiro feito pelas instituições de ensino cearenses que se destacaram nacionalmente na preparação de estudantes para o ingresso no ITA. “Nas décadas de 60 e 70, o Ceará era símbolo de fome e miséria. A partir da década de 80, o Ceará é símbolo de educação de qualidade”, disse o educador, completando que desde 1987 as instituições cearenses passaram a fazer a “lição de casa” e aprovar seus alunos no ITA. “Onde você tem ITA você tem uma cultura de excelência”, afirmou. 


Felipe Bomfim, ex-aluno iteano, representante da AEITA (Associação dos Engenheiros do ITA) no Ceará e mediador do painel, lembrou o importante papel desempenhado pelas olimpíadas de matemática, difundidas no estado pela Universidade Federal do Ceará. Esse tipo de desafio, bem recebido e incentivado por muitas escolas, favoreceu uma cultura de excelência nos estudos, disciplina e superação. “A turma já chegava aquecida no vestibular do ITA”, comentou. Marcelo Pena, diretor de ensino na Organização Educacional Farias Brito, compartilhou histórias de superação protagonizadas por estudantes que, desde cedo, procuraram a instituição para um dia conseguir estudar e se formar no Instituto Tecnológico de Aeronáutica. Na escola, essa jornada começa a partir do 1º ano do ensino médio e, hoje, 60% desses alunos vêm de outros estados para o Ceará em busca de realizar esse sonho.










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